O Violeta de Outono surgiu nos anos oitenta em meio a uma grande onda de rock brasileiro. Pela sua sonoridade que resgata irretocavelmente a psicodelia dos anos sessenta em suas sensacionais composições, o Violeta foi se tornando uma cult band brasileira. Nos shows o grupo sempre inclui clássicos do rock psicodélico, e também canções do Pink Floyd (da fase Syd Barrett) que sempre foram pedidas pelos fãs que acompanham a banda.

Ao longo da sua trajetória o grupo passou a cogitar a ideia de realizar um tributo revisitando a obra de Syd Barrett. Foram então marcados vários shows durante o ano de 2006, com o Violeta de Outono tocando, entre vários clássicos, a viagem intergalática de ‘Interstellar Overdrive’, o mundo onírico de ‘Matilda Mother’ e ‘Flaming’, além das enigmáticas canções dos álbuns solo ‘The Madcap Laughs’ e ‘Barrett’.

Syd Barrett foi o principal mentor do som espacial que o Pink Floyd produziu nos primeiros anos da sua carreira nos anos 60. Com Barrett a banda gravou alguns singles e também o álbum ‘The Piper at the Gates of Dawn’ em 67, um clássico absoluto do psicodelismo inglês. Depois que deixou o Pink Floyd, ele ainda gravou dois discos solo (‘The Madcap Laughs’ e ‘Barrett’), posteriormente foi lançado ‘Opel’, uma coletânea de sobras de estúdio.

Este CD documenta uma das apresentações do Violeta de Outono prestando de uma forma absolutamente competente e inspirada, sua homenagem à genialidade de Syd Barrett. O show foi gravado em 17 de Julho de 2006 no SESI em São Paulo e coincidentemente durante a temporada de shows veio a notícia da morte de Syd, com isso, se deposita neste registro um valor histórico e emocional inigualável, tanto para os fãs do universo Barrettiano, quanto para os músicos do Violeta de Outono.

– Sandro Garcia

Créditos

Fabio Golfetti : guitarra & vocal
Claudio Souza : bateria
Gabriel Costa: baixo
Fernando Cardoso : órgão, piano & vocal

Gravado ao vivo por Fernando Lopes no Teatro do SESI, São Paulo em 17 Julho 2006

Mixado e masterizado por Fabio Golfetti no Seven Keys Studio, São Paulo

Arte da capa:  Invisível

Fotos: Carlos Manfredo